Dentro de campo uma campanha pífia. Fora dele desorganização, planejamento comprometido e brigas políticas. O resultado: vice-lanterna do Paulistão, com 13 pontos, e há uma rodada do fim da primeira fase o time já está matematicamente rebaixado para a Série A-2. A soma de todos esses ingredientes teve como capítulo final na curta passagem do Grêmio Catanduvense pela Série A-1 a goleada em casa sofrida para o Botafogo, por 4 a 2, no último domingo, em pleno Estádio Sílvio Salles.

O que mais comprometeu o desempenho da equipe foi a falta de vitórias atuando em seu próprio estádio. No Sílvio Salles, foram apenas quatro pontos conquistados com empates contra Linense, Oeste, Ponte Preta e Palmeiras. O time amargou cinco derrotas, contra Botafogo-SP, Guarani, Bragantino, Guaratinguetá e Mogi Mirim.

Ao técnico Roberval Davino, comandante gremista, coube apenas o papel de tentar justificar as seqüências de atuações ruins. “Acreditamos desde o início que não íamos ser rebaixados, não encontramos jogadores para contratar e no final os resultados não vieram. A falta de sorte contribuiu bastante para esses resultados, bem como a somatória de várias situações”, comentou Davino, ao final do jogo contra o Botafogo, em entrevista a Rádio Globo Noroeste Paulista.

Para o treinador, o clube precisa estar mais estruturado para poder voltar para a Série A-1. “Se não estiver bem preparado e estruturado, é difícil o time permanecer na elite. Temos apenas que pedir desculpas aos torcedores. Sabíamos das nossas limitações, mas o Grêmio precisa se reestruturar para tentar voltar para a Série A-2. Encararia o desafio tudo de novo, pela amizade e clareza com que a diretoria sempre nos mostrou os fatos durante toda a competição”, analisou.

Presidente

O presidente do clube, Valmor Peruzzo, reconheceu os vários erros que a direção cometeu durante a competição. O mandatário do Bruxo cogita a possibilidade de desativar o futebol profissional do time no segundo semestre. O pedido de licença da equipe já foi solicitado e aceito pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

“Apesar de a equipe ter sido rebaixada, caímos sem dever para ninguém. Todos os nossos compromissos foram saldados e da mesma forma que subimos, caímos: sempre de cabeça erguida. Contratamos vários jogadores nos quais apostávamos, mas que não renderam dentro de campo. Fica um aprendizado para as próximas oportunidades”, falou o dirigente.

Peruzzo também comentou a crise que o time enfrentou junto ao Poder Executivo. “Foi um capítulo que prejudicou muito o time. Sem apoio da Prefeitura é impossível fazer futebol profissional em qualquer lugar, ainda mais em um município do porte de Catanduva”, lamentou.

Fala torcedor…

“Acredito que tenha faltado planejamento durante toda a competição. Foi uma vergonha não só para a torcida que acompanhou o time nos jogos, mas para a cidade em si. O nome de Catanduva foi manchado” – Luiz Alberto Júnior, torcedor.

“O Grêmio fez boas apresentações contra os times grandes, como Palmeiras, Corinthians e São Paulo. Mas a falta de planejamento foi preponderante para que o time terminasse nessa situação. A equipe merecia jogadores melhores” – Cícero Ramos, torcedor.

Fonte: O Regional