Índice de mães adolescentes na região de Catanduva é superior à média estadual
quinta-feira, 28 de julho de 2011Um estudo divulgado nesta terça-feira (26) pela Fundação do Sistema Estadual da Análise de Dados (Seade), apontou que na região da cidade Catanduva, 16,4% das mães possuem menos de 20 anos. Segundo o relatório, o percentual está ainda acima do resultado apresentado no restante do Estado, que apontou média de 15,5% de mães nessa faixa etária.
O estudo foi elaborado em 2009 em todos os municípios que integram a Diretoria Regional de Saúde (DRS) de São José do Rio Preto. Os dados foram reunidos pelo Seade, Secretaria Estadual da Saúde e pelas Secretariais Municipais de Saúde.
No entanto, a quantia também está abaixo da idade média das mães na região, que são de 26,6 anos. Para todo o Estado, a média de idade das mães é de 27,7.
Outro dado alarmante é que o nível de escolaridade das mães jovens também é baixo. Cerca de 20,7% apresentaram apenas oito anos de estudos e 21,3% tiveram 12 anos ou mais de estudo. O total de 80% realizou parto cesáreano e 85,4% das mulheres fizeram consultas pré-natal.
Estado
A mesma tendência é seguida no restante do Estado. A taxa de fecundidade encontra-se em patamar muito reduzido: em 2009, chegou a 1,7 filho por mulher, o que representa metade da registrada em 1980.
Sob a ótica regional, por exemplo, observa-se que os maiores níveis de fecundidade estão associados às mulheres residentes nas regiões ao sul do Estado, enquanto os menores correspondem às residentes em porções do noroeste paulista. Nota-se ainda que a redução desse indicador, embora tenha ocorrido de forma generalizada no período, foi mais intensa nas áreas onde se registravam as maiores taxas de fecundidade. Com isso, ainda que persistam diferenças regionais relevantes, elas são menores do que as observadas em 2000, o que revela tendência à homogeneização da fecundidade nas regiões paulistas.
Nas demais faixas etárias, a retração foi menor, uma vez que, sobretudo entre aquelas com mais de 35 anos, as taxas específicas de fecundidade já eram reduzidas. Em algumas regiões, as taxas de fecundidade nas faixas etárias mais elevadas chegaram a aumentar ligeiramente.
Quanto à redução da fecundidade entre as jovens de 15 a 19 anos, observou-se que, em 2000, para cada mil jovens nesta faixa etária, 77 tornavam-se mães, número que se reduziu para 55, em 2009, correspondendo a um decréscimo de 29% do indicador.
Como consequência direta das mudanças no comportamento reprodutivo, a idade média da fecundidade aumentou no Estado de São Paulo, passando de 26,4 anos, em 2000, para 27,1 anos, em 2009. Na Região Metropolitana de São Paulo e particularmente na capital, registraram-se, em 2009, as mais elevadas idades médias de fecundidade no Estado: 27,4 e 27,6 anos, respectivamente.
Fonte: O Regional