Moradores de Catanduva que conviveram com padre Albino começam a ser ouvidos pela igreja católica na cidade de Catanduva. A procura por possíveis milagres, que podem ter sido realizados pelo monsenhor,  é uma das etapas do processo de beatificação. Para padre Albino ser reconhecido como santo, dois milagres devem ser comprovados.

Aos poucos a igreja da matriz de São Domingos, no centro de Catanduva, ficava lotada. De gente e de histórias de quem conviveu com o padre Albino. A irmã Anália Lunes esteve ao lado do religioso até os últimos instantes da vida dele. “Ele era um pessoa justa, humilde, uma pessoa grandiosa. Ele era um santo mesmo, a gente não tinha dúvida que estávamos convivendo e cuidando e uma pessoa santa”, afirma.

Para o sentimento de gratidão não há fronteiras e a recordação surge em cada depoimento. “Meu pai perto de morrer, o padre Albino foi lá dar um estímulo e foi com ele que meu pai se confessou pela última vez e isso marcou muito a gente e temos por ele um carinho especial”, diz o aposentado Roberto Louzada.

Assim como Roberto, inúmeros fiéis assistiram a cerimônia de abertura do processo de beatificação do padre Albino. Um tribunal eclesiástico foi formado por representantes da igreja. “Por meio do tribunal que daremos oficialmente a continuidade aos trabalhos da beatificação do padre”, afirma o bispo Dom Otacílio da Silva.

Durante cerca de cinco meses o tribunal vai ouvir o depoimento de pessoas que conviveram, trabalharam e conheceram de perto o padre Albino. Os testemunhos vão dar suporte a elaboração das provas de possíveis milagres feitos pelo padre. “É um marco extraordinário para a igreja e para a cidade de Catanduva”, diz o padre Sílvio Ferreira.

O dia histórico para a igreja católica marca a trajetória de um padre que nasceu em Portugal e veio para o Brasil com pouco mais de 30 anos. Em Catanduva, onde viveu a maior parte da vida, ficou conhecido como o “pai dos pobres”. Para muitos dos fiéis que vieram a igreja ele é a união da fé, esperança e caridade. Depois da comprovação dos possíveis milagres, o processo continua no Vaticano.

Fonte: G1